A dura separação...

Quando meu filho completou 10 anos minha filha nasceu. Foi uma fase maravilhosa, pois meu ex-marido tinha feito tratamento, assim ficou sem beber álcool durente 3 anos e meio. Nesse período foram os melhores anos de meu casamento. Mas infelizmente, logo que minha filhinha fez 1 e meio ele voltou a beber. O vício é mesmo uma doença, tem que ser tratada e ter acompanhamento, a frase que diz “evite o primeiro gole” é a pura realidade.
Logo senti na pele novamente que o vício de meu ex-marido era uma opção dele, ou seja, gostava da vida que levava, decedi me separar, mas claro tinha dois filhos lindos, e um garotinho de 10 anos, que eu me senti na responsabilidade de comunicá-lo minha decisão, por minha surpresa, ele reagiu contraimante à minha decisão, lembro muito bem de sua frase” eu não quero isso mãe, melhor ter um pai alcoólatra mas que volta pra casa no que não ter pai”, fiquei estática com sua reação. Eu, de coração mole, resolvi tentar mais uma vez....
Em 2002 resolvi mudar de vida, de cidade, com a determinação que me separaria, numa nova etapa, mas mais uma vez, me deparei com um problema, não somente um, mas dois, pois meu sogro e minha sogra estávam com cancêr. Não tive coragem de trazer mais esse desgosto a eles. Em 2004 os dois vieram a falecer.
Mas, somente em 2005 pedi a separação, uma separação dolorosa, pois foi no litigioso, quase 8 meses de batalha e angústia até terminar tudo. Sofri muito durante todo esse período, ameaças de meu ex, perseguissão e não parou aí, pois o mesmo me persseguiu durante quase 1 ano depois da nossa separação, mesmo eu não saindo e me envolvendo amorosamente ele continuava, sondando e me vigiando. Até que finalmente ele mudou da cidade em que moro e casou novamente, agradeço à mulher dele atual, obrigada!!!
Aí, comecei a ser feliz, tive o gosto de ter paz, depois de muitos anos, muitos...

Trajetória Profissional

Hoje falo um pouco da minha trajetória profissional.
Assim que casei também iniciei meu curso de Magistério, pois tranquei o primeiro ano da Licenciatura em Ciências Biológicas, devido o casamento e estar grávida. Mas não parei, por incentivo de minha querida sogra, já falecida, iniciei o curo de Magistério, fiz em 2 anos, pois já tinha o curso técnico de Auxiliar de Patologia Clínica. Poderia ter continuado minha faculdade, mas por falta de informação, ouvi outros falarem que sem o Magistério eu não poderia ministrar aulas, mas não é assim, pode-se sim ministrar aulas, é que o magistério é direcionado para educação nas séries iniciais. Bem, adorei fazer o curso de Magistério, me preparou muito para minha carreira de Professora. Logo comecei a trabalhar, minha primeira experiência foi num colégio particular, auxiliar da sala do Jardim da Infância. Logo iniciei a faculdade de Ciências, depois fiz Habilitação em 2 anos de Matemática, Pós-graduação em Educação Especial e por fim o mestrado. Hoje sou professora concursada, desde 1990, nossa 20 anos de trabalho!

Nova fase, hora da mudança!

Após 19 anos caí na real, foram 19 anos de muita luta e sofrimento, mas tive bons momentos, dois filhos desse casamento, um casal de jóias raras que são meu orgulho. Por eles que levei esse casamento por tanto tempo, hoje penso que foi um erro, pois um casamento falido é pior que uma separação. Meu filho com 18 anos na época da separação e minha filha com 8, uma separação litigiosa com muitos obstáculos colocados pelo meu ex-marido. Enfim, depois de 8 meses me separei. Ufa, que bom acordar pela manhã e saber que você teve uma noite tranquila em seu lar, crianças em paz, você feliz, se eu soubesse teria tomado essa decisão antes.
Agora hora de reflexão e por a cabeça no lugar. Foram 7 meses de reflexão e reclusão em casa!
Um tempo para todos nós. Eu fiz a coisa certa. Agora recomeçar. Respirar fundo e viver a vida com alegria!! Viva a liberdade, rsrs...

Quando casada a vida era...

Antes de ser uma descasada eu era casada! Hum, claro. E não foi uma experiência de princesa com seu príncipe. Minha história é como de tantas mulheres da década de 80, filha primogênita, casei com todas as honras de uma moça, com 18 anos, com muitos sonhos e ilusões de um casamento perfeito.
Ah, como eram inocentes as mocinhas daquela época.
Ilusões que se tornaram desilusões nos primeiros três meses.
Meu ex-marido não era nada sensível, nem romântico, um boêmio, mas eu sabia, mesmo sendo alertada por todos, avó, mãe, amigas, primas, tias...Eu dizia a frase “ELE VAI MUDAR COM O MEU AMOR, DEPOIS DE CASAR TUDO VAI SER DIFERENTE”! Bobagem, não mudamos ninguém, só há mudanças se a própria pessoa queira mudar! O sofrimento de um mal casamento foi inevitável.
Mas como toda guerreira, fui à luta. Cursei faculdade e trabalhei ao mesmo tempo, tive meu primeiro filho. E meu ex, curtindo a vida boêmia, pouco trabalho, muita diversão, a cada dia eu me focava mais em meu trabalho.
Bem pessoal esse foi um relato inicial, ainda temos muita história pela frente.
Beijos e até mais!